Deputado alerta que Incêndio deixou saldo de onze mortos no RJ, pode acontecer em unidades de saúde do DF, sucateadas ao longo dos últimos anos, caso permaneçam sem atuação preventiva e ativa de profissionais capacitados
Por Kleber Karpov
No fim da tarde de quinta-feira (12), um incêndio de grandes proporções atingiu o Hospital Badim, no Maracanã, Zona Norte do Rio. Mesmo com início em um gerador localizado no subsolo de prédio anexo ao hospital, ao todo 11 pacientes da unidade de saúde vieram a óbito. Para o deputado Jorge Vianna (Podemos), tragédias como essas podem ser minimizadas ou até evitadas com a presença de bombeiros civis em unidades de saúde de grande circulação.
Autor do Projeto de Lei (PL) nº 90/2019, que autoriza, o Executivo, a contratação de brigada profissional, composta exclusivamente por bombeiros civis, às unidades e estabelecimentos de saúde do DF, com frequência diária superior a 500 pessoas, Vianna tem alertado os colegas na Câmara Legislativa do DF (CLDF), sobre a necessidade de se atuar, preventivamente, nas unidades de saúde do DF.
“Nossas unidades de saúde, principalmente os hospitais, são construções antigas, com estruturas sucateadas ao longo dos últimos anos, que não recebem manutenção adequada. Temos fiações expostas, gambiarras em instalações elétricas, infiltrações decorrente das chuvas, equipamentos comprometidos, enfim, os riscos de termos focos de incêndios são enormes, e precisamos ter profissionais preparados nesses locais para casos com o que aconteceu no Hospital Badim no Rio de Janeiro que, infelizmente, deixou um saldo de 11 pacientes mortos até o momento.”.
O deputado lembrou ainda a importância da atuação do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) mas, alertou para os casos frequentes de princípio de incêndio, em unidades de saúde do DF e as condições consideradas adversas, que podem expor pacientes a risco de mortes em tragédia como a do Hospital Badim.
“Obviamente o Distrito Federal conta com uma corporação extremamente competente, no que diz respeito a atuação do Corpo de Bombeiros. Mas, dadas as condições das nossas unidades de saúde, um incêndio, até a chegada dos Bombeiros, pode resultar em tragédia.”, ressaltou ao observar que, “somente nesse ano, nós tivemos dois casos de princípios de incêndios, apenas no Hospital Regional de Taguatinga.”.
Onde e quando?
Após voltar do recesso parlamentar, em agosto, Vianna chegou a utilizar a tribuna da CLDF para falar da ‘tragédia anunciada’, ao se referir ao risco de um incêndio de grandes proporções em unidades de saúde do DF. Para o deputado, é questão apenas de quando, deve acontecer, caso não haja intervenção do Poder Público, para minimizar tais possibilidades.
“Quem conhece as condições das nossas unidades de saúde, na rede pública, sabe que é questão de onde e quando, vamos ter alguma tragédia provocada por incêndio nos nossos hospitais.”, justificou Vianna.