Jorge Vianna pede redução da taxa de juros do BRB à consignações realizadas por servidores públicos do DF

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Distrital defende aplicação de taxa de juros Selic. Medida derrubaria juros anuais de 11% para 3,75%

Por Kleber Karpov

Durante a sessão da Câmara Legislativa do DF (CLDF), o deputado distrital, Jorge Vianna (Podemos), pediu ao governo, a aplicação de redução da taxa de juros, aplicadas a a consignações realizadas por servidores públicos do DF. Segundo Vianna, dado a crise enfrentada pelo DF, em consequência do coronavírus (Covid-19), é razoável, que o Banco de Brasília (BRB), reduza a taxa de juros, atualmente em cerca de 11% ao ano, para percentual praticado, pela Selic, atualmente projetada em 3,75%, ao ano.

“Ano passado, o Banco de Brasília teve uma das maiores arrecadações da história dele, mais de R$ 400 milhões, o lucro líquido passou de R$ 200 milhões e nesse momento de crise, gostaria que nesse momento o BRB não tivesse o olhar apenas para o estado, o governo, e sim para seus principais clientes que são os servidores públicos. Nós temos um lucro histórico no BRB e muita parte vem dos trabalhadores, então nesse momento nós queremos que o BRB faça uma política para que os servidores possam resgatar seus dividendos. Uma vez que o BRB tem um juros hoje, embora para muitos ainda razoável, para nós nesse momento não é razoável. Gostaria que o BRB colocasse uma taxa de juros, anual, a mesma da Selic, de 3,75% ano, para que ele possa quitar suas dívidas, ou pegar um empréstimo para quitar ou comprar o seu pão.”, disse Vianna

Na ocasião, o colega, Agaciel Maia (PL), se solidarizou a demanda apresentada por Vianna. Embora tenha lembrado que bancos como a Caixa Econômica Federal (CEF) reduziu a taxa para 0,99% ao ano, e o BRB a 0,89% ao ano. Maia concordou que essa taxa acumulada ao longo do ano chega ao patamar dos 11,22%.

“O deputado Jorge Vianna tem razão, é muito superior a taxa de 3,75% que é a Selic que é a taxa Selic que serve de referência aos pagamentos”, disse Maia ao observar que tal empréstimo tem baixa possibilidade de prejuízo ao banco.

Questão de bom senso
Maia ponderou ainda que, mesmo se o BRB, não adotasse a taxa Selic como referência para reduzir a taxa de juros praticada em consignações realizadas pelos servidores públicos, ainda que chegasse a 6% ao mês, pode ser considerado um percentual coerente a se aplicar aos servidores públicos, durante esse período de crise.

Após a fala, o presidente da CLDF, Rafael Prudente (MDB), sugeriu um encontro de Maia, na condição de presidente da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF), da Casa, com o presidente o BRB, Paulo Henrique, para discutir uma eventual redução da taxa de juros aos servidores públicos do DF.

Confira a manifestação de Vianna