Dirigente do Sindate teve mais de 7 mil votos para distrital

Material publicada na revista O Parlamento – nº 438 em abril de 2018

Por Walter Brito

O Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem foi fundado em 2003 e obteve carata sindical, ou seja, foi reconhecido oficialmente em 2011. De lá para cá, o sindicato trava uma batalha cujo objetivo é enaltecer a profissão dos auxiliares e técnicos de enfermagem, pois o conhecimento e a força de barganha política desses servidores é muito grande, mas eram tratados de forma inadequada pela importância que ele têm. O sindicato tem mais de 6 mil filiados e representa 50% de toda força de trabalho nas instituições públicas e privadas da capital brasileira. A reportagem entrevistou Jorge Vianna, vice-presidente do Sindate, que falou sobre a defesa feita pela sai instituição a favor da categoria e do seu projeto político rumo ao parlamento distrital.

Perguntamos a Jorge sobre as ações efetivas que o Sindate tem feito a favor de seus filiados. Ele argumentou: “Temos profissionais altamente capacitados para discutir com conhecimento de causa a saúde pública, entretanto, éramos subjugados e colocados em segundo plano. Tivemos diversas conquistas, entre elas a chamada folga compensatória. Isto se dá quando um dos nossos trabalha no feriado e recebe essa folga compensatória, tanto na unidade pública como na iniciativa privada. Nesse sentido, temos uma categoria que faz uma carga horária cuja jornada de trabalho foi reduzida para 20 horas semanais. Isto se dá não pelas questões muitas vezes de vaidade ou benefício, mas pelo fato de ser uma profissão que exige força física e psicológica do profissional. Somos hoje em Brasília o maior sindicato da saúde; aliás, já ultrapassamos o SindSaúde em número de filiados. Temos hoje aproximadamente 6.300 mil filiados”, disse.

Quanto à gestão da saúde no governo Rollemberg, Jorge Vianna atacou: “Certamente o governador Rollemberg protagonizou a pior gestão da saúde em todos os tempos. Não estou falando isso como sindicalista, falo e reafirmo como servidor e profissional da área. Além disso, falo também como filho de um profissional da saúde. Vale lembrar que me criei nos corredores do hospital de Taguatinga, portanto falo com conhecimento de causa! Aproveito para dizer ainda que o primeiro contato do paciente em qualquer hospital é feito pelo técnico em enfermagem; o último contato do paciente, em qualquer hospital, se dá também com o técnico de enfermagem: seja o paciente recebendo alta e se dirigindo para sua residência, ou indo para o cemitério! Somos nós técnicos que preparamos o corpo daqueles que falecem no hospital. Por isso, sabemos muito bem avaliar o que ocorre dentro de cada unidade hospitalar, o que está precisando ali, entre outras. Fundamentado nisto, colocamos para fora os problemas que existem na saúde, em especial nesse governo, que é o caos”, argumentou.

Sobre os secretários de Saúde que passaram pelo poder na capital da República, Jorge disse que Jofran Frejat foi o melhor: “O Jofran não tinha com ele só a parte técnica, pois ele trazia o trabalhador para a promoção da saúde. Ele não era um secretário só de gabinete, que se apresenta como o todo-poderoso secretário da Saúde. Jofran fazia aquilo que os profissionais de saúde aplaudiam. Por isso os médicos, enfermeiros, técnicos e toda a equipe da área gostavam de trabalhar com ele. O diferencial que o Jofran tinha na atuação como secretário, além de ser um líder nato, ele era um chefe que se relacionava bem com todos os setores da Saúde, bem diferente do atual secretário que aí está”, criticou Jorge.

O vice-presidente do Sindate, que é pré-candidato a deputado distrital, não escondeu sua preferência por dois pré-candidatos ao GDF: Alírio Neto e Jofran Frejat. Questionado pela revista O Parlamento, sobre os projetos que desenvolverá, caso seja eleito, ele afirmou: “Vou defender os trabalhadores da saúde com unhas e dentes! Precisamos readaptar e recalcular os planos de carreira de todos os servidores da saúde. O que mais dói no ser humano é ter a necessidade de um remédio e não ter condições de comprar. Neste caso, a Secretária de Saúde é obrigada a resolver essa questão e fornecer todos os medicamentos por isso entendo que a população precisa adquirir qualquer medicamento de forma rápida e célere, e, se for o caso, via judicial. Lutarei por isso também, caso eu me eleja deputado distrital. Para isso, tenho primeiro que ter meu nome aprovado na convenção do partido e, obviamente, gastar muito solado de sapato, pedindo votos de casa em casa e em todos os rincões do Distrito Federal”, finalizou.

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