Para o deputado, tal prática coloca instituto na condição de mero atravessador, e retira segurança de trabalhadores e pode comprometer atendimentos
Por Kleber Karpov
Durante sessão da da Câmara Legislativa do DF (CLDF), desta terça-feira (5/Mai), o deputado distrital, Jorge Vianna (Podemos) criticou a quarteirização de serviços por parte do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF). Para o parlamentar, é injustificável, a Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF) ter terceirizado a gestão de unidades de saúde pelo IGESDF e essa, por sua vez, quarteirizar à outras empresas.
A manifestação ocorre após o deputado ter visitado o IGESDF, na manhã desta terça-feira (5/Mai), após receber denúncias de tentativa de quarteirização da Central de Material e Esterilização (CME), nas unidades de saúde sob gestão do instituto.
“Estive no IGES hoje e há uma ameaça quase que real, concreta, que terceirizou a saúde e está agora, quarteirizando a saúde. A ideia pelo que consta é que eles querem quarteirizar a Central de Material de Esterilização, a CME. Oras, vamos ser um pouco inteligentes. Se a Secretaria de Saúde coloca o IGES, e esse quer colocar outra empresa, por que a Secretaria de Saúde não coloca outra empresa direito, sem o atravessador que é o IGES, porque tem que ter o IGESDF no meio.”.
Demissões e insegurança
O deputado observou ainda que os trabalhadores do IGESDF vivem em constante ameaça de insegurança em relação ao emprego. “O risco é de os trabalhadores do IGES, contratados, fizeram processo seletivo, serem demitidos: – Não Jorge, não vai ser demitido não, porque a empresa que entrar, contrata eles. Ah, então vai ser um ping-pong? Porque aí a empresa que entrou contrata o pessoal do IGES e eles entram na empresa X, aí passa um ano e ela perde a licitação e o contrato, ai contrata a empresa Y, aí eles [trabalhadores] passam para a empresa Y.”, ponderou ao alertar que esses trabalhadores ficam impedidos até mesmo de realizar um financiamento, pela falta de segurança no ambiente de trabalho.
Para Vianna, esse tipo de prática além de ser ilegal, coloca trabalhadores em risco, além de comprometer o próprio atendimento. “Está vendo porque eu reclamo tanto, com o estilo de contratação do IGES? Porque ninguém tem segurança de nada. Qual trabalhador brasileiro pode ter paz, com a sua família, se ele não sabe se amanhã vai ser mandado embora? Porque o IGES já quarteirizou a radiologia. Isso é proibido. O que a Constituição garante é essa ajuda que está sendo feita. Agora quarteirizar? Espera aí, então não é tão competente assim como diz que é. Porque se fosse, ele mesmo tocava o barco.”, ponderou Vianna.
Confira a manifestação do deputado