Lei que cria a Universidade do Distrito Federal é sancionada

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Por Anna Araújo

O governador Ibaneis Rocha sancionou nesta quarta-feira (28/07) a lei que cria a Universidade do Distrito Federal – UnDF, que é um projeto que existe há anos, mas nunca saiu do papel. O objetivo na nova universidade é ampliar e facilitar o acesso ao ensino superior gratuito no DF.

Para construção e manutenção da UnDF, serão investidos inicialmente R$200 milhões, e o primeiro prédio a dar início às aulas já no ano que vem será no Lago Norte, cedido pela Terracap. O corpo profissional da Universidade do Distrito Federal será composto por 3.500 funcionários. O governo anunciou que fará concurso para preenchimento destes cargos nos próximos meses.

O projeto da UnDF, primeira administrada diretamente pelo Governo do Distrito Federal, começou a tramitar na Câmara Legislativa do DF em março de 2020, onde passou por vários debates para chegar ao texto final. O deputado distrital, Jorge Vianna, relator do projeto, foi bastante atuante na construção do projeto. Para ele, a educação superior no DF ganhou um grande reforço. “Esta nova universidade pública será uma chance a mais de mudança de vida dos jovens da nossa cidade através estudo, do conhecimento, coisas que ninguém jamais poderão tirar deles”, afirma.

Como uma forma de garantir o acesso aos estudantes mais carentes, a lei prevê que 40% das vagas sejam destinadas para alunos que tenham concluído a educação básica inteira na rede pública, o que segundo Jorge Vianna, será um grande diferencial. “Sabemos que uma boa parte dos estudantes que entram nas universidades públicas são oriundos da rede privada, devido às melhores condições de ensino, com isso, os estudantes da rede pública, ou seja, aqueles que mais precisam e não tem como pagar uma faculdade particular, acabavam ficando cada vez mais distante do sonho de cursar o nível superior, e com a destinação deste percentual, isso pode mudar”, afirma o parlamentar.

A UnDF, que será vinculada diretamente à Secretaria de Educação, vai contar com cursos nas áreas de Ciências da saúde e humanas, Cidadania e meio ambiente, Gestão governamental de políticas públicas e de serviços, Educação e magistério, Letras, artes e línguas estrangeiras modernas, Ciências da natureza e matemática, Educação física e esportes, Segurança pública e defesa social, Engenharia e áreas tecnológicas de setores produtivos e Arquitetura e urbanismo.